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Ibovespa recupera 120 mil pontos com expectativa por juros; dólar sobe a R$ 5,44





Câmbio chegou a encostar em R$ 5,50 durante o dia, mas perdeu fôlego nas últimas horas da sessão

Painel de ações de empresas que compõem o IbovespaCris Faga/NurPhoto via Getty Images
Ibovespa e dólar fecharam e alta nesta quarta-feira (19), em uma sessão de grande oscilação dos indicadores com clima de cautela antes da decisão dos juros pelo Banco Central (BC).

O dia também é marcado pela falta de liquidez com o fechamento nas bolsas em Wall Street pela celebração do Juneteenth.

O Ibovespa fechou a sessão com alta de 0,53%, retomando a faixa dos 120 mil pontos, com desempenho positivo das blue chips e destaque para companhias de proteína animal, com BRF (BEFS3) puxando a fila das maiores altas.

Este é o melhor desempenho do mercado desde 11 de junho, quando fechou acima dos 121 mil pontos.

O dólar também encerrou a sessão apontando para cima, apesar da perda de fôlego nas últimas horas de negociação, com alta de 0,13%, negociado a R$ 5,440 na venda.
Mais cedo, a divisa chegou a encostar em R$ 5,50 com o clima de cautela.

A partir das 18h, o Comitê de Política Monetária (Copom) anuncia sua decisão, com ampla expectativa de economistas de manutenção da Selic em 10,5% ao ano, encerrando um ciclo de sete cortes consecutivos.

O foco, no entanto, estará na forma como cada membro do BC votará, uma vez que o mercado busca projetar o futuro da política monetária brasileira após o fim do mandato do presidente da autarquia, Roberto Campos Neto, ao final do ano.

Na última reunião do Copom, em maio, houve uma divisão entre os diretores indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que votaram em um corte de 0,5 ponto percentual, e os diretores remanescentes da gestão de Jair Bolsonaro, que formaram maioria por uma redução de 0,25 ponto.

A manutenção da Selic no patamar atual encerraria uma sequência de sete cortes consecutivos nos juros.

Uma Selic mais alta torna o real mais atraente para uso em estratégias de “carry trade”, em que investidores tomam empréstimos em países com taxas baixas e aplicam os recursos em mercados mais rentáveis, de forma a lucrar com o diferencial de juros.

Mas a divisa norte-americana tem acumulado ganhos contínuos nas sessões recentes por conta das dúvidas dos investidores em relação ao compromisso do governo com as contas públicas.

“A gente vê um viés cada vez mais forte de corte de juros lá fora. Porém, a gente não vem fazendo nosso trabalho de casa. O governo vem gastando mais do que pode”, disse Thiago Avallone, especialista em câmbio da Manchester Investimentos.

“A gente sabe que o dólar acaba influenciando em uma cadeia bem grande e impulsionando a inflação”, acrescentou.

Em meio às derrotas do governo no Congresso em seus esforços para elevar a arrecadação federal, o mercado tem pressionado pela revisão de gastos orçamentários a fim de que a meta de zerar o déficit primário neste ano seja atingida.

A disputa interna sobre cortes de gastos, medida defendida pela equipe econômica, mas vista com resistência por outros membros do governo, tem ajudado o dólar em seus ganhos frente ao real.

*Com Reuters

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