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Sargentos com promoção negada enfrentam o Exército e denunciam: há generais que também não fizeram concurso, sistema de cotas



A Revista Sociedade Militar publicou na última sexta-feira o ofício do Comando do Exército Brasileiro encaminhado á parlamentares como a deputada Gleisi Hoffmann, presidente do Partido dos Trabalhadores.

No documento a força terrestre rechaça a proposta da parlamentar, que sugere a criação de um novo quadro que possa comportar os militares do Quadro Especial de Sargentos, criando para os mesmos um plano de carreira com possibilidades de promoção até a última graduação possível nos quadros de Praças das Forças Armadas, que é a de subtenente, posição almejada por todos que ingressam como sargento, cabo ou soldados.

Vários argumentos para negar o pedido de Hoffmann foram apresentados pelo comando do Exército e Ministério da Defesa, entre eles o o fato de os militares dos quadros especiais não terem ingressado no Exército por meio de concurso público.
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” até mesmo a ascensão à graduação subsequente; p. por outro lado, os militares do QE, que sequer prestaram concurso público, conforme exigência advinda da CF/88, não possuem e nem necessitam desse tipo capacitação para o desempenho de suas obrigações e por isso ficam limitados a atual graduação (2º sargento), que não requer de curso ou habilitação específica …”

Os militares do quadro especial do Exército de fato ingressaram por meio do alistamento obrigatório e por necessidade do serviço foram galgando promoções até a graduação de terceiro ou segundo-sargento. Entretanto, a categoria não enxerga isso como um demérito, pelo fato de terem sido considerados excelentes miliatres e escolhidos pelo Exército para permanecer na instituição, o mesmo que – explicam – aconteceu com vários oficiais superiores e generais, que foram escolhuidos dentre os melhores dos colégios militares para ingressar na AMAN ou Escola de Formação de cadetes do EspCex.



Em grupos de redes sociais e em e-mails e mensagens encaminhadas para a editoria da Revista Sociedade Militar os sargentos argumentam que essa negativa não seria pláusivel na medida em que haveria vários oficiais que não ingressaram nas Forças Armadas por meio de concurso público, explicam que havia até um sistema de cotas para oficiais nos anos 70 e 80 e que essa condição não teria causado impedimento para que fossem promovidos até os últimos degraus da carreira da oficialidade.



Em vídeo recebido de leitores observa-se o general Ridauto, hoje na reserva remunerada, explica: “na minha turma teve gente que entrou sem concurso… se você fosse um aluno de colégio militar, que evidentemente entrou no Colégio Militar sem concurso… se você estivesse entre os cabeças você conseguia o acesso direto pra acedimia militar…”.

Vários oficiais que ingressaram no Exército sem concurso, em turmas anteriores e até posteriores a Ridauto, que é da turma que se formou em 1987, podem estar ainda na ativa, ocupando postos como General de Exército.

Fonte: Revista Sociedade Militar em 04/06/2024

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