No mês de agosto, as quatro UPAs da capital atenderam 1.076 pacientes com queixa de falta de ar
Com
o aumento da fumaça na capital, o número de atendimentos por problemas
respiratórios nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de Porto Velho
vem crescendo. A Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) tem adotado
medidas para orientar a população sobre a prevenção e os cuidados
necessários para evitar o adoecimento.
No último mês de agosto,
as quatro UPAs da capital (Sul, Leste, José Adelino e Ana Adelaide)
atenderam 1.076 pacientes com queixa de falta de ar, sintoma que está
relacionado às queimadas, além de outras doenças. Já no mesmo período de
2023, foram 706 registros da mesma natureza.
De acordo com o
médico Edgar Javier Penaranda, diretor clínico da UPA Sul, a exposição
constante à fumaça afeta principalmente crianças, idosos e pessoas com
doenças respiratórias pré-existentes, como asma e DPOC (Doença Pulmonar
Obstrutiva Crônica).
"A fumaça está presente em todos os lugares,
causando inflamação nas vias aéreas, especialmente nos pulmões. A falta
de ar e a irritação nas cordas vocais são queixas frequentes dos
pacientes", explica o médico.
Unidades de Saúde intensificaram os cuidados
Para
enfrentar o problema, as unidades de saúde intensificaram os cuidados,
reforçando atendimentos de emergência e orientando a população sobre
medidas de alívio em casa, como nebulização, uso de toalhas úmidas e
recipientes com água nos ambientes.
A recomendação de hidratação
constante e o uso de máscaras também são essenciais, especialmente para
idosos, que representam uma faixa etária mais vulnerável.
O
médico Edgar Penaranda também alerta sobre a qualidade do ar na região,
que excede os níveis recomendados pela Organização Mundial da Saúde
(OMS).
“A Organização Mundial da Saúde estabelece como seguro um
limite de 45 microgramas de micropartículas por metro cúbico de ar, mas
em Rondônia já chegamos a 261. Não recomendamos atividades ao ar livre
neste período. É fundamental o uso de máscaras para minimizar os efeitos
da poluição”, alerta.
Fonte: Superintendência Municipal de Comunicação (SMC)
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